Sitiante mata mulher com paulada, fere dois a tiros e se suicida; três crianças testemunharam a tragédia
A tranquilidade do feriado de 7 de setembro em Claraval-MG foi quebrada na manhã desta quinta-feira por uma tragédia. As primeiras informações colhidas no local dos fatos apontam que um produtor rural de 48 anos invadiu o próprio sítio na região do Agudos, matou uma mulher com paulada na cabeça, baleou a ex-mulher de 33 anos e um amigo dela e na sequência tirou a própria vida. A barbárie teve como testemunhas três crianças com idades entre 3 anos, 7 anos e 13 anos. Um bebê de cinco meses também estava no sítio.
A Polícia Militar identificou o possível autor como sendo Lidiomar Gomes de Oliveira, conhecido como Dill, e a arma seria um revólver calibre 38. O principal alvo da sua fúria seria a ex-mulher identificada apenas como Talita, 33 anos. As outras duas vítimas, até o momento desta reportagem, não haviam sido identificadas. A mulher morta, segundo parentes que chegaram no sítio após os fatos, seria uma prima de nome Dalila e o rapaz ferido seria amigo dela, e não da ex-mulher de Dill. A PM está no local aguardando a chegada da equipe de peritos da Polícia Civil de Passos (MG).
GAROTA DE 13 ANOS TESTEMUNHOU TUDO
INVASÃO – Com base no relato de uma testemunha de apenas 13 anos, a PM apurou que Dill teria invadido o próprio sítio pulando o alambrado da frente ou uma cerca nos fundos (após quase dois anos de relacionamento, Dill e Talita se separaram e a casa principal do sítio ficou para a mulher e seus três filhos morarem por determinação da Justiça).
GRITOS – Talita, os filhos de 5 meses, 7 anos e 13 anos, a prima, uma outra criança de 3 anos e um amigo estavam reunidos para o café da manhã na cozinha. Era pouco mais de 8h30 quando o grupo foi surpreendido por Dill com uma arma em punho invadindo o ambiente. “Falei que não era para brincar comigo”, teria gritado o suposto autor, segundo relatos da estudante de 13 anos.
REAÇÃO – Dill teria gritado para que a ex-mulher e o suposto amigo dela fossem para parede. “Em nenhum momento ele falou para nós irmos. Foi só minha mãe e o amigo da Dalila”, revelou a garota. Mas o visitante reagiu, pegou uma cadeira, atingiu o suspeito, não conseguiu desarmá-lo e foi baleado. Talita correu para fora. Dalila, com o bebê nos braços, também, assim como as crianças.
“NÃO ME OUVIU” – Dill teria corrido em direção de Talita e lhe apontando a arma, mas a prima que estava com o bebê no colo entrou na frente. “Gritei para ela correr, sair dali, mas não me ouviu” disse a testemunha. O suspeito se apossou de um pedaço de madeira e com um golpe violento atingiu a cabeça de Dalila, que caiu morta de costas com o recém-nascido nos braços.
MAIS TIROS – Talita foi atingida, ainda não se sabe se por dois ou mais tiros no gramado em frente à residência e se arrastou até a varanda, onde a filha de 13 anos estava. “Passou um minuto e ouvi outro tiro”. Teria sido neste momento que Dill teria atirado na própria cabeça.
SOCORRO – O amigo da família baleado pegou o próprio carro e deixou o local em direção à Unidade Mista de Saúde Nossa Senhora Aparecida, mais conhecida como Posto de Saúde, em Claraval, onde a equipe médica de plantão retirou o projétil alojado e o encaminhou para Passos. Talita foi socorrida por uma ambulância, atendida no Posto de Saúde e também transferida para Passos.
Fonte Barros Filho
