Agiotas são presos durante operação do GAECO em Franca

Agiotas são presos durante operação do GAECO em Franca

Dez criminosos foram presos na manhã desta quarta-feira, 22, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público em conjunto com a Polícia Militar do Estado de São Paulo durante uma operação denominada Maré Alta visando o cumprimento de mandados de prisão temporária e busca e apreensão contra uma organização criminosa que atuavam em Franca.

Segundo os Promotores, durante as investigações foi apurado que os membros desta organização criminosa atuavam na região de Franca emprestando dinheiro a juros exorbitantes e quando iriam cobrar agiam com violência e grave ameaça às vítimas.

Parte do lucro era usado no próprio negócio criminoso, e outra parte era objeto de lavagem de dinheiro, em empresas de fachada, em veículos de luxo e imóveis. Alguns membros da organização criminosa eram responsáveis pelo financiamento do esquema criminoso.

Foram cumpridos,13 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão temporária (duração de 05 dias). Nove indivíduos foram presos em Franca e um em Pirassununga. Alguns detidos foram ouvidos na sede do Ministério Público e outros encaminhados para o sistema prisional e tiveram os depoimentos agendados. Eles vão responder pelos crimes de organização criminosa, posse irregular de arma de fogo, lavagem de dinheiro e agiotagem.

Durante a operação foram apreendidos documentos, computadores, dinheiro, celulares, dinheiro estrangeiro, um simulacro de fuzil, relógio de luxo, cheques e cartões de crédito em nome de laranjas, além de inúmeras anotações com contabilidade dos valores objeto de empréstimos a juros exorbitantes, centenas de notas promissórias contabilizando mais de 1,5 milhões de reais em dívidas. Na casa de um dos presos foi localizada uma pistola 380 municiada, em outro endereço várias munições do mesmo calibre foram encontradas.

Os veículos dos investigados que estavam em seus nomes também foram objeto de bloqueio administrativo, sendo que, os veículos em nome de laranjas foram levantados nesta oportunidade e também serão objeto de medidas restritivas.

Os valores das contas bancárias dos investigados foram bloqueados. Cumpre ressaltar que as quebras bancárias dos investigados demonstraram uma movimentação de aproximadamente R$ 19.000.000,00 (dezenove milhões de reais) nos últimos três anos.

A operação contou com o apoio de oito Promotores de Justiça, cinco servidores do Ministério Público, 10 viaturas da Força Tática do 15º BPM/I, duas viaturas do 11º BAEP e duas viaturas da Rádio Patrulha, 40 policiais militares ao todo.