Tainá estreia em corrida e conquista o 1º lugar: ‘Diagnóstico não define destino’

No último domingo, 13 de abril, a Praça Frei Roque Pissioni, no bairro São Joaquim, em Franca, foi palco de algo muito maior do que apenas uma corrida de 5km. Foi ali que Tainá Tatiana Rodrigues da Silva, de 25 anos, participou pela primeira vez de uma competição oficial e venceu. Autista, ela conquistou o primeiro lugar na categoria PCD (Pessoa com Deficiência), completando o percurso em 28 minutos.
“Não sei se aqui é o lugar certo, mas queria dividir com vocês: eu sou autista e essa foi minha primeira corrida. Muitos nos julgam, acham que não sabemos fazer as coisas ou que não temos nenhuma qualidade. Mas não é por eu ser autista que não posso ser uma atleta também”, contou Tainá.
A vitória de Tainá não foi só no pódio, mas principalmente contra os preconceitos que ainda rondam pessoas neurodivergentes. Com o atletismo, o judô e o futebol se tornando seus hiperfocos, ela mostra que o diagnóstico não é um limite, mas sim um impulso para superar barreiras.
Sem emprego atualmente, Tainá tem se dedicado com paixão ao esporte e já se prepara para seu segundo campeonato, marcado para o dia 28 de junho. “Já vai fazer um ano que peguei gosto pelo atletismo. Eu não tenho um sonho específico, mas carrego comigo uma frase: ‘Diagnóstico não define destino. Ele diminui barreiras’. A vida dá desafios, e nós respondemos com superação!”
Tainá é a prova viva de que o espírito esportivo vai além da medalha. Ele está na coragem de começar, na persistência em continuar e no brilho de quem, mesmo diante dos rótulos, escolhe ser gigante.

