Camisa vermelha rompe tradição e substituirá azul na Seleção Brasileira

Em uma decisão histórica da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e da Nike, empresa fornecedora do material esportivo, a Seleção Brasileira de futebol deve substituir a cor do segundo uniforme, passando de azul para vermelho. A substituição deve acontecer na Copa do Mundo de 2026.
Além da nova cor, a camisa estampará o logo da Jordan Brand. A mudança está prevista para ser lançada em março de 2026, antes do torneio que será sediado nos Estados Unidos, México e Canadá.
Esta será a primeira vez que o Brasil utilizará uma cor fora do tradicional amarelo, azul ou branco em uma Copa do Mundo. A nova cor veio a público na semana passada através do site Footy Headlines, especializado em uniformes de futebol. O novo design apresenta um tom de vermelho mais desbotado, com listras pretas que se assemelham a manchas, estendendo-se ao calção, criando uma aparência de peça única.
A decisão de alterar a cor do uniforme reserva foi aprovada pelo presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, em uma reunião realizada no Rio de Janeiro há cerca de um ano. Segundo o estatuto da CBF, os uniformes devem obedecer às cores existentes na bandeira da entidade (azul, amarelo, verde e branco), mas permite variações em modelos comemorativos, desde que aprovados pela diretoria. A CBF não se manifestou sobre a mudança no estatuto ou se realmente mudará a cor da camisa número 2.
A novidade gerou controvérsia entre torcedores e especialistas. O narrador esportivo Galvão Bueno criticou a mudança, afirmando que a substituição da camisa azul por uma vermelha é uma ofensa à história do futebol brasileiro.
Historicamente, a Seleção Brasileira utilizou uniformes vermelhos em apenas duas ocasiões: nos Campeonatos Sul-Americanos de 1917 e 1936, devido a circunstâncias específicas que impediram o uso dos uniformes tradicionais.
Uma das explicações para a camisa ser vermelha é uma tentativa da CBF e da Nike de renovar a identidade visual da Seleção e ampliar sua conexão com as novas gerações, seguindo uma tendência de inovação observada em outras seleções e clubes ao redor do mundo.
Resta saber se a ousadia será bem recebida pelos torcedores e se a nova camisa trará sorte à Seleção na busca pelo hexacampeonato mundial.