Autor confesso relata detalhes de homicídio durante depoimento na delegacia de Franca

Autor confesso relata detalhes de homicídio durante depoimento na delegacia de Franca

Em depoimento prestado nesta quarta-feira, 9, na sede DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Franca, Wyngleston, de 27 anos, confessou ser o autor da morte de Antônio Carlos Neto da Costa, ocorrida em dezembro de 2022, em uma área rural entre Franca e Ribeirão Corrente.

Durante o interrogatório, acompanhado de sua advogada, Dra. Kellen Alves, Wyngleston relatou que conhecia Antônio há cerca de quatro anos. Segundo ele, a vítima havia lhe pedido emprego e, para ajudar, emprestou algumas máquinas. No entanto, Antônio teria vendido os equipamentos sem autorização. Ao ser cobrado, teria dito que, na verdade, quem estava em dívida era o próprio Wyngleston, por parcelas relacionadas à compra de um veículo Ford Fiesta, o que foi negado pelo interrogado, que alegou já ter quitado os valores.

Conforme a versão apresentada por Wyngleston, após essa discussão, Antônio teria feito ameaças contra ele e seus familiares. No dia do crime, ambos se encontraram em um bar no bairro City Petrópolis, onde Antônio, segundo o autor confesso, estava embriagado e sob efeito de drogas. Eles seguiram juntos, acompanhados de duas mulheres, para uma festa em uma chácara.

Na chácara, havia várias pessoas, entre elas o amigo de Wyngleston. O interrogado estava com uma pistola. Após consumirem bebida alcoólica, Antônio teria iniciado novas ameaças e agredido Wyngleston com um pedaço de pau. A briga foi interrompida pelo amigo, que pediu para que ambos deixassem a festa.

Ainda segundo o relato, já fora da chácara, em uma área de mata próxima a um córrego, Antônio teria ameaçado novamente Wyngleston e feito menção de ir até o carro buscar uma arma. Temendo pela própria vida, o autor afirmou ter sacado sua pistola e disparado três vezes contra a vítima, atingindo na cabeça e em uma das mãos. Antônio caiu no córrego e morreu no local. O autor retornou para a festa e não contou a ninguém sobre o ocorrido.

Wyngleston afirmou que posteriormente vendeu a arma utilizada no crime, em Ribeirão Preto, para uma pessoa desconhecida. Ele também reconheceu, em uma foto mostrada durante o interrogatório, a pistola usada no homicídio.

A Polícia Civil segue investigando o caso. O autor que já estava preso pelo crime de roubo retornou à prisão.